Para ter uma ideia de como é Angelo Bardi, imagine o cantor de quadrinhos Pierre Perret no traje de Planchet. Do primeiro, ele tem o rosto redondo e gordinho. Deste último, servo leal de D'Artagnan em "Os Três Mosqueteiros", de Dumas, ele é dono da loquacidade e inteligência escondidas por trás de maneiras rústicas. Não é à toa que ele foi escolhido por Yannick Andréi para interpretar o papel em sua minissérie de 1977 "D'Artagnan amoureux".
Pouco presente no cinema, onde raramente aparece (Basile em "Benjamin" de Michel Deville em 1968; o cabeleireiro em "L'Amour en question" de André Cayatte em 1978), o espirituoso ator trabalhou enormemente no teatro ( em peças de Giraudoux, Shakespeare, Tourgueniev, Barillet e Grédy...) e na televisão em telefilmes, séries ou minisséries assinadas, entre outros, por Jean Delannoy, Philippe Arnal, Marcel Bluwal, Roger Kahane ou Marion Sarraut.
Ativo nas telas desde 1964, se aposentou trinta anos depois.