Nascida no Brasil, Tizuka Yamasaki, uma neta de imigrantes japoneses, viveu uma das mais complicadas encruzilhadas de identidade do Brasil. Como resultado, os filmes de Yamasaki freqüentemente lidam com a intersecção de gênero, raça, nacionalidade e etnia na cultura brasileira, empurrando a questão do que significa ser brasileiro.
Nascido em Porto Alegre, Yamasaki cresceu em São Paulo. Ela foi atraída para o cinema no início dos anos setenta no Brasil, apesar dos riscos sociais e financeiros da carreira. Ela foi treinada no estilo politicamente orientado do Cinema Novo por Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha.
O primeiro longa-metragem de Yamasaki, Gaijin - Brazilian Odyssey, é a história da emigração de uma família japonesa para o Brasil na virada do século. Ganhou seus prêmios no Festival Internacional de Cinema de Cannes, no Prêmio Georges Sadoul, no Festival Internacional de Novos Filmes Latino-Americanos, no Festival Internacional de Cinema Feminino e no Festival Internacional de Cinema de Nova Delhi.
Seu próximo longa, Parahyba, A Macho Woman, narra a história de Anayde Beiriz, uma mulher brasileira que desafia as regras patriarcais da sociedade no meio da divisão política entre conservadores e liberais no Estado da Paraíba no Nordeste durante a década de 1930. Conquistou prêmios no XVI Festival de Cinema de Brasília, no Festival de Cinema Latino-americano de Biarritz e no Festival de Cinema Latino-americano de Huelva.
Em Amada Pátria, Yamasaki narra o retorno do Brasil à democracia após 20 anos de ditadura militar. O filme usa uma família fictícia composta por um cineasta que documenta a impressionante manifestação da Candelária em favor das eleições presidenciais populares, e um repórter que ele pediu para entrevistar celebridades na multidão. O filme não roteirizado envolveu colaboração entre os atores e diretores para improvisar cenas em resposta a eventos políticos diários.
Yamasaki também dirigiu novelas e uma produção teatral da ópera Madame Butterfly em Belo Horizonte.